23 de março de 2025
#Tecnologia

Estudo aponta que Cibercrime ameaça mais de meio milhão de Smart TVs globalmente

Os dispositivos IoT são projetados para conectar-se à internet, automatizar tarefas e transmitir dados. Graças ao avanço tecnológico, esses aparelhos conquistaram espaços em diversos setores da economia por oferecer maior eficiência operacional, inovação e conectividade. No entanto, de acordo com a ISH Tecnologia, sua rápida adoção, frequentemente, sem as devidas medidas de proteção, resulta em exposições de ataques e invasões cibernéticas.

Essa ampla conectividade, embora ofereça conveniência, também evidencia riscos e torna organizações potenciais alvos para ciberataques. Segundo a ISH, o Brasil é um dos principais alvos de exploração do cibercrime por meio de dispositivos IoT. Um levantamento da companhia revela que, mundialmente, mais de 550 mil aparelhos (Smart TVs) estão expostos – com grande parte deles estando no Brasil.

A ISH destaca que, no nosso país, junto das televisões inteligentes, as câmeras IoT – utilizadas para o monitoramento e gestão remota de ambientes, estão entre os alvos preferidos do cibercrime. O grande volume de dispositivos expostos à Internet sem configurações de segurança adequadas facilita a exploração de vulnerabilidades e o direcionamento de ofensivas. No país, Uberlândia, São Paulo, Ituiutaba, Patos de Minas e Franca concentram a maioria desses equipamentos.

Para Paulo Trindade, Gerente de Inteligência de Ameaças Cibernéticas da ISH, “A ausência de práticas preventivas robustas compromete não apenas a integridade desses dispositivos, mas também amplia os riscos para dados sensíveis e a infraestrutura corporativa. É fundamental que empresas adotem estratégias proativas de cibersegurança e mitiguem ameaças antes que se convertam em incidentes críticos”.

De acordo com dados da IoT Analytics, projeta-se que o total de dispositivos conectados ultrapasse 20 bilhões em 2025, com uma previsão de dobrar até o final da década. Esse avanço reforça a relevância desses aparelhos no contexto atual, ao impulsionar a automação e otimizar processos em diversas escalas.

“A influência da IoT se estende a inúmeros campos: a Indústria 4.0, onde sensores avançados permitem monitoramento contínuo, e as cidades inteligentes, que aprimoram a gestão de recursos como energia e mobilidade. No setor de saúde, a conectividade viabiliza acompanhamento remoto de pacientes e diagnósticos mais precisos. Já no agronegócio, tecnologias sensoriais garantem maior controle sobre condições climáticas e de solo”, explica Trindade.

Entre as principais técnicas usadas pelos atacantes estão as botnets IoT, que consistem em redes comprometidas para a realização de ataques de negação de serviço (DDoS) e propagação de malwares. Além disso, o acesso remoto não autorizado é facilitado por dispositivos mal configurados, com senhas padrão, que permitem que invasores explorem falhas em portas abertas e protocolos inseguros.

Para mitigar os riscos associados à exposição de dispositivos IoT, a ISH recomenda a adoção de práticas robustas de segurança. Organizações devem manter um inventário atualizado e realizar monitoramento contínuo para identificar dispositivos não autorizados. Além de segmentar a rede, com a criação de VLANs e isolar sistemas críticos a fim de reduzir a exposição.

Com informações da Security Reporter