Publicado em 30/08/2023
Santa Catarina gerou 2,2 mil vagas de trabalho formal na economia, em julho deste ano. Os setores de serviços e da construção foram determinantes para esse resultado. De acordo com dados do Observatório FIESC, apesar do fechamento de vagas na indústria geral e na agropecuária, o estado continua na terceira posição na geração de vagas na atividade industrial no país.
Segundo dados da Sondagem Industrial, realizada pelo Observatório FIESC em parceria com a CNI, a insuficiência da demanda interna é atualmente o maior problema enfrentado pelos industriais catarinenses. “A desaceleração na abertura de vagas está atrelada à manutenção das taxas de juros em patamares historicamente elevados, que restringem a atividade industrial. Os efeitos desse cenário podem ser observados na demanda interestadual por produtos do setor de têxtil, confecção, couro e calçados, por exemplo, que apresentou o maior fechamento de vagas na indústria catarinense em julho”, ressalta o presidente da FIESC em exercício, Ulrich Kuhn.
O desempenho do setor também sofre as pressões de custos, em que o índice de preços ao produtor das atividades de confecção registra alta de 11,5% nos últimos 12 meses, sendo a maior variação entre todos os setores industriais no período. Além disso, o saldo negativo do mês tem a contribuição do setor de máquinas e equipamentos, causado, principalmente, pelo encarecimento do crédito. Esse efeito prejudica a produção de maquinário para uso industrial, o que reduz a contratação de funcionários.
Apesar do fechamento de vagas na análise mensal, houve geração de empregos em outros setores, com destaque para a construção (1,1 mil). A atividade foi impulsionada pelas obras de infraestrutura, sobretudo, relacionadas com a construção de estações e redes de distribuição de energia elétrica.
“Mesmo com a menor produção de bens de capital, o setor de equipamentos elétricos também aumentou o número de vagas, com destaque para a atividade de fabricação de eletrodomésticos de pequeno porte no estado”, afirma Mariana Guedes, economista do Observatório FIESC.
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