Publicado em 30/06/2023
A economia catarinense gerou 3,6 mil novos postos de trabalho no quinto mês do ano. Desse total, a construção foi o setor industrial com maior destaque, com expansão de 671 novas vagas. De janeiro a maio, o setor registrou 10.056 empregos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram analisados pelo Observatório FIESC.
O saldo positivo na geração de empregos foi impulsionado pela construção e seus encadeamentos produtivos. As atividades vinculadas aos serviços especializados lideraram o crescimento na indústria, com abertura de 433 vagas, impulsionados pelas obras de acabamentos, como pintura de edifícios e aplicação de revestimentos de resina. Além disso, os números tiveram contribuição da contratação nas indústrias de insumos do setor, como é o caso de artefatos de gesso, concreto, cimento e materiais semelhantes, que registraram 105 novos postos de trabalhos formais nessas atividades.
No acumulado do ano, a economia catarinense registrou 59.372 vagas de empregos, sendo 29.085 na indústria. Na economia catarinense, outros setores industriais também registraram expansão na abertura de empregos, como o de alimentos, que se destacou na indústria de transformação, com 333 empregos na atividade de abate. O setor foi incentivado pelas vendas externas e pela elevada integração internacional, principalmente pelo aumento nas exportações de carne suína para a China, por exemplo.
Já a indústria química teve crescimento de 5,2% no mercado de trabalho, com 80 vagas em maio, reflexo da manutenção do consumo das famílias. A fabricação de cosméticos, perfumaria e de higiene pessoal foi o principal destaque dentro desse setor. Além disso, o bom momento acompanha a expansão nas vendas do varejo, que registrou 138 oportunidades no comércio desse segmento.
Entre os setores que apresentaram desempenho negativo, o setor de têxtil, confecção, couro e calçados foi o de maior impacto, com fechamento de 868 postos de trabalho, devido principalmente ao seu caráter sazonal de redução de saldo em maio. “Esse comportamento está relacionado ao fim do período de produção de artigos da estação outono-inverno”, destaca o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. No total, a indústria geral registrou perda de oito vagas no mês analisado e está associada ao cenário de maior restrição da produção industrial, marcado pelo nível elevado da taxa de juros.