Publicado em 05/01/2022
A inflação percebida pelos consumidores de Florianópolis foi de 10,54% ao longo do ano passado. É mais que o dobro do índice acumulado nos 12 meses de 2020 (5,02%). Os preços que mais subiram em 2021 foram os ligados aos transportes (23,5%), à habitação (12,5%) e a despesas pessoais (10,6%).
Em dezembro, a inflação foi de 0,67%, menor em relação a novembro (0,83%) e ao padrão dos meses anteriores. Foi também a única medição mensal da inflação em 2021 que ficou abaixo do índice verificado no mesmo mês de 2020 (0,91%).
Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag).
Inflação em 2021
O forte aumento dos preços ligados aos transportes se deve principalmente aos combustíveis para automóveis. Entre as opções na bomba, a que mais subiu em 2021 foi o etanol (55,7%), seguido pelo óleo diesel (49,9%) e pela gasolina (46,3%).
Nos itens relacionados à habitação, o encarecimento teve um forte impacto dos aumentos dos preços do gás de botijão (30,7%) e da energia elétrica (29,8%) – com sucessivos aumentos de bandeira tarifária por conta da crise hídrica.
Já no caso das despesas pessoais, os preços que mais subiram em 2021 foram os dos alimentos para animais (51,4%), dos pacotes turísticos (29,7%) e mensalidades de clubes de lazer (14,9%).
Também ficaram consideravelmente mais caros (ainda que abaixo da média da inflação anual) os alimentos (8,1%), os artigos de residência (9,5%) e as despesas com saúde e cuidados pessoais (7,2%) e com educação (8,1%).
Por outro lado, dois dos grupos pesquisados ficaram mais baratos, em média, ao longo de 2021: vestuário (-6,4%) e serviços de comunicação (-1,5%).
Inflação em dezembro
Embora representem pouco mais de 10% do orçamento das famílias, os gastos com despesas pessoais foram o que tiveram maior impacto na inflação de dezembro, respondendo por mais de 27% do índice. O aumento médio nesse grupo, que inclui atividades de recreação e outros serviços, foi de 1,81% no mês.
Os alimentos, para onde vão mais de 20% dos gastos dos consumidores, tiveram o segundo maior impacto na inflação de dezembro (quase 25% do índice) e ficaram em média 0,81% mais caros no mês. Se considerados apenas as comidas e bebidas consumidas em casa, os aumentos foram maiores, em média de 1,38%. Pescados (4,7%), carnes e peixes industrializados (3,1%) foram os que mais encareceram.
O terceiro maior impacto no índice de dezembro (21,9%) foi o dos artigos de residência, embora esses itens correspondam a menos de 8% das despesas das famílias. Nesse caso, o aumento médio foi de 1,9%, com destaque para utensílios e enfeites (4,3%) e aparelhos eletrônicos (3,6%) – reflexos das compras de Natal.
Com exceção dos serviços de comunicação, com uma leve queda (-0,2%) em dezembro, todos os outros grupos pesquisados tiveram aumentos de preço no mês: habitação (0,42%), vestuário (0,25%), transportes (0,41%), saúde e cuidados pessoais (0,13%) e educação (0,18%).
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