Publicado em 02/06/2021
O Brasil e os países do continente europeu iniciam uma nova etapa na era da conectividade. O cabo submarino que liga Fortaleza, no Ceará, à cidade de Sines, em Portugal, foi oficialmente ativado nesta terça-feira (1), durante o Leading The Digital Decade, encontro focado em debates sobre o futuro digital da Europa.
O cabo permite o tráfego de dados, ou a troca de informações por meio da internet, a uma velocidade de 100 terabits por segundo (Tbps), com tempo de resposta na transmissão de 60 milissegundos.
Essa viagem de ida e volta é dezenas de vezes mais veloz do que um piscar de olhos. A capacidade da nova tecnologia de conexão é nada menos que 7 mil vezes maior que a atual. Sem contar que hoje, o Brasil tem cabo destinado apenas para tráfego de voz.
Para o secretário executivo do Ministério das Comunicações (MCom), Vitor Menezes, esse é um momento histórico. “O Brasil é um dos grandes hubs da América Latina de cabo submarinos e o EllaLink é o primeiro cabo de dados que liga o Brasil diretamente à Europa”, pontua.
Menezes ainda ressalta que a nova rede de fibra ótica irá impulsionar o setor de telecomunicações, especialmente diante da chegada da tecnologia de quinta geração. “Com o 5G, nós vamos ter muito mais necessidade de dados e ter um cabo que liga diretamente o Brasil à Europa será essencial para nós no futuro”.
Além do suporte à tecnologia 5G, com a infraestrutura ativada será possível garantir internet ultrarrápida, que vai contribuir com o avanço em pesquisas científicas, com a qualidade dos serviços de streaming e vai deixar os jogos online muito mais dinâmicos. Há também potencial para melhorar os negócios digitais e atrair investimentos.
Após ser “iluminado”, termo usado em referência à ativação do cabo, a conexão será expandida para estações nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Segue também para mais três países da América do Sul: a Guiana Francesa, a Argentina e o Chile. Na outra ponta, o cabo irá interligar Lisboa e Madri, na Espanha, além da cidade de Marselha, na França. Ainda há previsão de extensão da conexão para o continente africano.