Publicado em 23/03/2021
Os atletas paralímpicos cegos ou com baixa visão interessados em ter cães-guia podem se inscrever no processo seletivo junto ao Instituto Federal Catarinense (IFC), Campus Camboriú, que vai doar quatro animais para auxiliá-los em suas tarefas diárias.
Neste primeiro momento, os interessados devem preencher o cadastro disponível de forma gratuita e exclusivamente online para participar da seleção. A chamada pública ficará aberta por 30 dias.
Podem se candidatar atletas paralímpicos com deficiência visual que tenham participado de competições oficiais nas seguintes modalidades: atletismo; ciclismo, futebol de 5, goalbal, hipismo, judô, natação e remo. Além disso, os candidatos devem ter condições físicas, psicológicas e financeiras para manter o cão-guia, ser maior de idade ou ter mais de 16 se for emancipado.
Processo de seleção
Os atletas interessados terão que passar pelo Curso de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-guia, com duração de três semanas.
Nesse período são avaliadas a compatibilidade entre candidatos e animais, além da capacidade das pessoas em serem usuárias de cão-guia.
Por se tratar de um processo que exige empatia entre o animal e o futuro dono, a escolha depende de diversos fatores, como perfil físico compatível (peso, altura, equilíbrio e velocidade de caminhada) e comportamental (temperamento, estilo de vida, rotina diária e profissão).
As despesas com deslocamento entre a cidade do candidato e Camboriú (SC) serão custeadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. O IFC vai disponibilizar alojamento. As despesas pessoais ficam a cargo dos interessados.
Após as três semanas do curso, haverá mais uma semana de processo de adaptação, na residência do atleta, para a demarcação da rota de trabalho da dupla.
Longo treinamento
Os animais do Centro de Treinamento e Formação de Cães-Guia do IFC são das raças labrador e golden retriever. Por se tratar de uma função altamente específica, o treinamento de um cão-guia dura, no mínimo, dois anos e meio.
Os animais auxiliam as pessoas com deficiência visual em várias tarefas cotidianas, como atravessar a rua, parar em sinais, evitar obstáculos e encontrar as portas dos estabelecimentos, entre outras habilidades. O animal graduado como cão-guia trabalha em média oito anos, antes de se aposentar.
*Com informações do Ministério da Cidadania
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