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REGIONAL

ICMBio esclarece sobre procedimentos de retirada de redes de pesca em baleias franca

Publicado em 03/09/2018


Victor Pazin - ICMBio/APA da Baleia Franca
ICMBio esclarece sobre procedimentos de retirada de redes de pesca em baleias franca



A avaliação destes casos, no entanto, é importante, e é necessário verificar se a baleia está se deslocando normalmente e a condição corpórea se mantém íntegra.



Por: Paulo Luis Cordeiro

Tendo em vista o aumento de informações acerca de baleias enredadas após o desenredamento bem sucedido ocorrido na semana passada (dia 23/8 em Garopaba), o ICMBio vem a público explicar que o enredamento de cetáceos nem sempre causa risco de morte do  animal, não justificando arriscar a vida de pessoas na tentativa de retirar as redes de pesca e na grande maioria dos casos, não se faz necessária uma intervenção na tentativa de retirada das redes.

Os casos devem ser registrados em fotos e vídeos, que podem ser enviados a esta UC (apadabaleiafranca@icmbio.gov.br  / Whatsapp 48 91705077), e que serão analisados por profissionais treinados em procedimentos internacionais para atendimento deste tipo de ocorrência, antes de qualquer tentativa de resgate.

O instituto adverte às pessoas para não tentarem desenredar as baleias, pois trata-se uma atividade de extremo risco e que requer pessoal treinado para sua realização com segurança, mas que comuniquem imediatamente os órgãos competentes, para que as situações possam ser analisadas com a rapidez necessária.

A maior parte das ocorrências de enredamento de baleias na região refere-se a baleias franca com pedaços de redes de pesca presas às calosidades existentes na cabeça dos animais. Esse tipo de enredamento ocorre quando as baleias passam por redes de pesca e as arrebentam, carregando um pedaço de "malha de rede" que fica presa às calosidades da cabeça.

Quando isto ocorre, a rede tende a sair sozinha da baleia, sem necessidade de interferência para remoção. “isso já foram constatadas diversas vezes, através da reavistagem de baleias fotoidentificadas , há casos registrados durante os sobrevôos de monitoramento realizados pelo PBF/Instituto Australis quando conseguimos fotoidentificar os indivíduos e reavista-los em oportunidades posteriores sem as redes em seus corpos.”, informa Karina Groch, que há mais de 20 anos estuda as baleias no território da APA. 

 A avaliação destes casos, no entanto, é importante, e é necessário verificar se a baleia está se deslocando normalmente e a condição corpórea se mantém íntegra. O primeiro sinal de debilidade corpórea nas baleias franca é o aumento na quantidade de ciamídeos, crustáceos vulgamente conhecidos como piolhos de baleias, em regiões fora das calosidades características da espécie.

Caso não haja restrição de movimento (natação) e evidência de debilidade corpórea, não há necessidade de intervenção. No caso de adulto acompanhado de filhote, é necessário analisar a quantidade de rede e verificar se há risco de enroscar no filhote.

Assim, solicita-se às pessoas que observam baleias na APA da Baleia Franca que quando houver avistamento de baleias enredadas, que procurem registrar o fato com imagens, informando local, data e horário à equipe da UC ou aos seus parceiros no Protocolo de Encalhes e Enredamentos da APA da Baleia Franca , por meio dos seguintes contatos:

APA da Baleia Franca/ICMBio: (48) 3255-6710/ 991705077

IBAMA/SC: (48) 3212-3368/ 3212-3356/ 32123300

Projeto Baleia Franca: (48) 3255-2922/ (48) 9919-4400

UFSC / Laboratório de Mamíferos Aquáticos: (48) 37217150

Museu de Zoologia Professora Morgana CirimbelliGaidzinski da UNESC (Criciúma): (48) 3431-2573

UDESC: (48) 9696-6025

Polícia Militar Ambiental: Laguna:(48) 3647-7880/ Maciambú: (48) 3286-1381/ Florianópolis: (48) 36654770/ Rio Vermelho: (48) 36654487 / Maracajá: (48) 3529-0187









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