Publicado em 12/06/2018
Visitados por turistas, os Centros Históricos das capitais são paradas obrigatórias daqueles que desejam conhecer a cultura e história local. Entretanto, as principais ruas do Centro Histórico Leste de Florianópolis definham a cada ano por falta de manutenção e cuidado. Preocupados com a situação crítica da área, empresários e moradores da região pedem a atenção do poder público para revitalizar as vias.
Com uma breve caminhada pelas ruas do entorno da Praça XV de Novembro, é possível identificar os problemas existentes nas fachadas de estabelecimentos abandonados, pichados e degradados, vias desniveladas e paralelepípedos quebrados, ruas sujas com lixos expostos. Com falta de infraestrutura, bares e restaurantes são prejudicados, já que os problemas recorrentes afastam a maior fonte de renda dos comerciantes locais.
Desde 2017, cerca de 50 empreendimentos fecharam as portas devido à falta de cuidado da região. Hoje, em média 100 estabelecimentos lutam para se manterem ativos no Centro Histórico de Florianópolis, mas com o fluxo de pessoas diminuindo gradativamente, os empresários temem o fechamento de mais portas e o abandono total.
Segundo o diretor de desenvolvimento da CDL de Florianópolis, Rafael Salim, é preciso que o poder público cumpra com as responsabilidades para recuperar a área. “Visitar o Centro Histórico nos dias de hoje não é agradável. As ruas estão ruins e com mau cheiro, além de prédios degradados que dão a sensação de abandono. Apesar do grande potencial e gerador de riqueza, o entorno da Praça XV de Novembro vem se tornando um espaço desprezado, reduzindo gradualmente os recursos da economia para o município”, alerta Salim.
Para contribuir com os empresários da região, a CDL de Florianópolis mantém a Feira Viva a Cidade ativa todos os sábados das 9h às 14h com atividades, artesanato, brechó e antiguidades. E nas datas comemorativas, promove ações de interação e integração da comunidade com a feira.
Ainda para melhorar a sensação de pertencimento dos espaços públicos, a entidade, por meio do Núcleo Regional do Centro Histórico, promoveu em 2017 o 1º Mutirão de Limpeza Voluntário. A ação contou com cerca de 200 voluntários que limparam as ruas, pintaram as fachadas, recolheram os lixos e deixaram a região mais bonita. Para este ano, está marcado o 2º Mutirão de Limpeza para o segundo semestre.
“É com a união e a conscientização de todos que mostramos que não estamos acomodados com a situação precária em que se encontra a região do Centro. Esperamos que o poder público olhe para nós e não deixe morrer a vitalidade desse lugar”, pondera Salim.