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GERAL

Aumenta o número de alunos matriculados em Cursos à Distância no Brasil

Publicado em 22/01/2018


Paulo Luís Cordeiro/Portal da Ilha Digital
Aumenta o número de alunos matriculados em Cursos à Distância no Brasil



A Educação a Distância (EaD) é uma modalidade educacional na qual os meios digitais de informação e comunicação estão presentes, possibilitando que educandos e educadores mesmo em lugares distintos  estejam em constante contato. 

Como especialista em EaD e mediadora das aulas de metodologias utilizadas na EaD para os alunos ingressantes da Unicesumar saliento que fazer educação na modalidade a distância não significa estar distante. Ou seja, distância é apenas um substantivo utilizado para indicar que a comunicação ocorre em pontos geográficos e temporais distintos. Este conceito exige dos envolvidos comprometimento e dedicação do corpo docente e discente envolvido no curso, o que permite que as competências desenvolvidas sejam reais em um mundo que vem se desenvolvendo a partir de pilares de uma comunicação virtual.  

Como apontam os dados da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), no ultimo Censo EAD.BR de 2016, publicado em 2017, o número de educandos matriculados na EaD no Brasil é bastante expressivo somando: 561.667 matriculados em cursos regulamentados totalmente a distância; 217.175 matriculados em cursos regulamentados semipresenciais; 1.675.131 matriculados em cursos livres não corporativos; e 1.280.914 matriculados em cursos livres corporativos. Estes números evidenciam a plena expansão desta modalidade no Brasil o que nos permite afirmar que o “virtual é real”. 

Atualmente a realidade de nossa sociedade que se baseia em atividades intensivas em conhecimento emerge de uma cultura virtual. Este contexto exige um novo perfil pessoal e profissional onde as competências devem ser pluralista e multifacetadas permitindo ações e resoluções estratégicas e rápidas. Frente a estas mudanças a sociedade contemporânea é desafiada pela necessidade constante e continua de competências reais o que pode advim de um mundo virtual.  

O filósofo e sociólogo Pierre Lévy já afirmava “A maioria das competências adquiridas por uma pessoa no início de seu percurso profissional estarão obsoletas no fim de sua carreira”. E, neste sentido a sociedade contemporânea, marcada por exigências e mudanças paradigmáticas, vive em um curso de constantes transformações, exigindo alterações nas posturas de conhecimentos, habilidades e atitudes. Um tripé que marca um novo conceito de competência para os indivíduos deve pautar-se em pilares baseadas no conhecimento, habilidades e atitudes. Um movimento que é desafiado por conexões virtuais.

Nesta perspectiva, como mostramos, saímos de um conceito individual e chegamos a um conceito de colaboração onde num processo de cocriação conhecimentos distintos integram-se formando novas competências. Graus mais complexos de competências destacam-se por um novo modo de ser, fazer e agir compreendendo o processo de desenvolvimento do sujeito, através da aprendizagem que se manifesta nas diferentes áreas do conhecimento. 

Assim, apresentamos o virtual e o real se distanciando apenas enquanto domínio conceitual. Aproximando a discussão do conceito da EaD temos que esta por meio de seus diferentes recursos e metodologias integram com fluidez o conceito de virtual e real à sociedade atual. Uma sociedade dinâmica, complexa autônoma e baseada em conhecimentos implicando diretamente no cenário de inovação e desenvolvimento profissional e pessoal.

A EaD apresenta-se como uma grande oportunidade de se manter atualizado, pois esta se estende pelos meios de comunicação digitais, dispostos em um espaço virtual, na formação de competências reais exigidas em um mundo globalizado. Segundo o ultimo Censo da ABED, publicado em 2017, observamos que mais de 1milhão de pessoas já utilizam esta modalidade em cursos livres corporativos, entre os alunos das instituições EaD de 76% à 100% estudam e trabalham, estão em busca de novas competências exigidas pelo mercado. 

É imprescindível ressignificar conceitos onde a competência real, presente e necessária pode ser decorrente de um conhecer virtual. Ou seja, com o avanço da ciência e das tecnologias digitais de comunicação grandes mudanças vêm acontecendo no mundo e na sociedade refletindo por sua vez no cenário educacional onde exigências quanto à forma de ensinar e aprender são exigidas a cada momento. É necessário pensar fora da caixa. Aqui o educador assume o papel de mediador comprometendo-se em estimular os educandos a construir de forma rizomática novos conhecimentos a partir da integração da teoria com a prática. Esta abordagem instiga a curiosidade e fortalece a autoestima do educando a partir do assunto discutido potencializando a formação de competências reais, ou seja, significativa. Uma preocupação que transcende aos conceitos basilares previsto no currículo do curso. 

Nossa sociedade exige uma nova forma de ensinar e aprender à luz de uma formação do individuo como ser integral. Então, se entendermos a educação como um real meio para minimizar a desigualdade econômica e social temos na EaD uma oportunidade inovadora e democrática com elementos que contribuem para o desenvolvimento de competências sólidas que intersecta o CHA, agrônomo dos termos Conhecimento, Habilidade e Atitude. No contexto atual é inegável que o mundo encontra-se imerso em tecnologias digitais, colocando os educando e os educadores frente a um novo paradigma de ensino e de aprendizagem que exige aulas interativas que contribuam para um desenvolvimento intelectual, cognitivo, social e emocional, possibilitando uma formação que atinja os objetivos proposto pelas diretrizes curriculares, mas também pela necessidade de contexto do indivíduo. Este movimento desafia o modelo cartesiano de fazer educação e integra o conceito de virtual e de rede. 

A EaD destaca-se como modalidade que intersecta o virtual formando competências reais. Sua proposta exige um cenário virtual e global. Onde o professor precisa manter-se atualizado, assumir o papel de mediador consciente de que é um indivíduo que constrói junto e por isso reconhece quando não sabe. Neste conceito, os principais protagonistas deste processo, educador e educando, são parceiros e caminham lado a lado desenvolvendo continuamente suas competências. Características como autonomia, atitude, proatividade, administração do tempo são características que marcam o desenvolvimento de competências reais. 

Nesta sociedade não há espaço para o desconhecimento. Construir conhecimento e ressignificar conhecimentos existentes é fundamental na formação e desenvolvimento de competências. E frente a este desafio ao conceito de competência inclui novos conceitos como valores e entorno apresentando-se a partir de um “novo acrônimo” definido como CHAVE (Conhecimento – Habilidade – Atitude – Valor – Entorno).

Nesta discussão o compromisso de formar indivíduos integrais com competências reais exige a integração de conceitos e saberes do contexto virtual. Frente a este cenário estratégias e ações de democratização, expansão e crescimento da educação são exigidas. O sucesso desta discussão, embora disseminada muitas vezes pelo crescimento das tecnologias, emergem exponencialmente de necessidades de um conceito de mundo virtual, se solidificam em competências reais.

 O mundo mudou, as relações e as demandas da sociedade e do ensino mudaram. As instituições não são as mesmas. Neste movimento trabalhamos a partir de um modelo educacional híbrido. Um modelo que valoriza a metodologia integrada do real e do virtual no fazer de uma educação de qualidade preparando você, a partir de um cenário virtual, na formação de competência reais. Para concluirmos esta breve discussão deixo uma reflexão: você está preparado para desenvolver competências reais? Buscar qualidade através do desenvolvimento de competências pode ajudar na superação das fronteiras da desigualdade? E, qual o seu papel frente a este desafio?

Márcia Cristine Althoff
Mestranda em Ciência da Informação PGCIN- UFSC
Pedagoga, Especialista em EaD e Tecnologias Educacionais – UniCesumar
Coordenadora Pedagógica do Polo de Apoio Presencial UniCesumar da Grande Florianópolis









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