Publicado em 26/09/2016
Os estudos estão avançando e os próximos passos envolvem apresentação do projeto ao Tribunal de Contas do Estado e a realização de audiências públicas para, então, lançar a licitação, o que está previsto para ocorrer entre o final deste ano e o início de 2017.
A proposta é estabelecer uma Parceria Público-Privada para operação do sistema BRT na região metropolitana de Florianópolis, com uma concessão administrativa prevista para 25 anos. O traçado inicial contaria com 57,5 quilômetros, envolvendo quatro terminais exclusivos, 36 estações e 76 paradas. O secretário de Estado do Planejamento, Cássio Taniguchi, explica que a área de cobertura é bastante ampla, abrangendo desde o município de São José e o Bairro Estreito, na área continental de Florianópolis, até o centro da Capital e, na sequência, as regiões da UFSC e do Norte da Ilha de Santa Catarina.
A estrutura prevista na Grande Florianópolis seria construída ao longo de quatro anos, com investimentos de R$ 1,1 bilhão, valor a ser dividido entre poder público e iniciativa privada.
A proposta do BRT é aumentar o número de pessoas que utilizam o transporte coletivo na região, desafogando o trânsito na entrada e na saída de Ilha. Pesquisa do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (Plamus) da Grande Florianópolis aponta que enquanto a média brasileira é de 32% da população utilizando transporte individual (carro ou moto), na região de Florianópolis esse índice é de 48,7%. Em cidades que contam com sistemas semelhantes ao BRT previsto para Florianópolis, os índices são bem inferiores, como em Curitiba (30%) e no Rio de Janeiro (21%).
Também acompanharam a reunião o presidente da SCPar e do Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas, Paulo César da Costa; os secretários de Estado da Casa Civil, Nelson Serpa; e da Fazenda, Antonio Gavazzoni; o procurador-geral do Estado, João dos Passos Martins Neto; e o presidente do Deinfra, Wanderley Agostini.