Publicado em 26/09/2016
Em 2015, o setor tecnológico foi responsável por cerca de 5% do PIB de Santa Catarina e gerou mais de 47 mil postos de trabalho, segundo estudo realizado pela Associação Catarinense de Tecnologia em parceria com a Neoway. Com o objetivo de conectar esse mercado em expansão e os jovens que têm interesse em trabalhar na área, o Comitê para a Democratização da Informática atua há 15 anos no estado, ensinando programação e montagem e manutenção de computadores para crianças e jovens.
A ONG nasceu em 1995, no Rio de Janeiro, com o propósito de levar a inclusão digital para os moradores do morro Dona Marta. Logo, o projeto se desenvolveu e ganhou outros espaços. A regional catarinense foi criada em 2001, com sede em Florianópolis. Desde então, o Comitê já impactou a vida de mais de 30 mil pessoas no estado. No começo, o maior desafio era ensinar as pessoas a se relacionar com a tecnologia. Agora, a meta é incentivar o empoderamento digital.
“A inclusão digital está feita, a maioria das pessoas já tem acesso à internet e a equipamentos eletrônicos de alguma forma. Queremos agora promover o empoderamento dos jovens por meio da tecnologia. Para isso, mostramos, por exemplo, que com um smartphone ou computador, eles podem ajudar a comunidade onde moram e empreender” explica Heitor Blum, presidente executivo do Comitê em Santa Catarina.
Projetos
No ano em que completa 15 anos de atuação no estado, a ONG está com seis projetos em desenvolvimento em Santa Catarina. Em Florianópolis, é realizado o Floripa Apps, que incentiva crianças e adolescentes a pensarem em problemas de suas comunidades e programarem aplicativos para solucioná-los; o Projeto Fênix, que ensina montagem e manutenção de computadores a partir de material eletrônico reciclado; o Projeto Recode, que capacita professores da rede estadual a programarem aplicativos e jogos para serem utilizados em sala de aula; e o Aprendendo a Programar Games, projeto que está com inscrições abertas e vai ensinar programação de jogos para jovens.
Em âmbito estadual, o Comitê desenvolve o Projeto Escola Rural, em Vitor Meireles e Major Vieira, que ensina crianças e adolescentes a programarem aplicativos voltados para os problemas das comunidades rurais, além de manter diversas parcerias para a coleta de Lixo Eletrônico, em municípios como Joinville, São José e Florianópolis.
Em parcerias com outras entidades sociais, a ONG mantém diversas iniciativas voltadas para a formação em informática básica, stop motion, leitura digital, entre outras atividades que ensinam uma visão crítica do mundo a partir do uso da tecnologia.
Consolidação
Os projetos atendem jovens de sete a 24 anos e são gratuitos. Além de ensinar uma nova profissão, a ONG incentiva o engajamento social. “Com isso, queremos dar mais oportunidades dos jovens se inserirem no mercado de trabalho, seja como funcionário ou empreendedor, e se tornarem cidadãos conscientes e que utilizem as tecnologias para seu aprendizado”, destaca Cleusa Kreunsch, coordenadora pedagógica do Comitê.
Pelo trabalho desenvolvido, o Comitê conquistou o título, em 2004, de organização de utilidade pública municipal, por meio da Lei 6494. Em 2011, a ONG foi reconhecida como organização de utilidade pública estadual, por meio da Lei 15.565 de 21 de setembro do mesmo ano.
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