Publicado em 28/07/2016
Há mais de mil cidades ao redor do mundo com populações acima de 500 mil habitantes. Entre 20 e 40 milhões de pessoas consideram como suas casas regiões metropolitanas como as de Tóquio-Yokohama, Cidade do México, Nova York, Seul, Mumbai, São Paulo e Manila. Desde 2008, mais da metade da população do mundo vive nas cidades. As Nações Unidas preveem que esta proporção chegará a cerca de 70% em 2050.
A UITP (União Internacional dos Transportes Públicos) chegou a um cálculo simples: transportar 10 mil pessoas por uma distância de um quilômetro exige 2 mil automóveis, ocupando aproximadamente 24 mil metros quadrados de espaço viário. No caso de um ônibus de 12 metros de comprimento, como o Mercedes-Benz Citaro, são precisos apenas 100 veículos, ocupando um espaço de 3,2 mil metros quadrados. Se forem usados ônibus de alta capacidade, como o Mercedes-Benz CapaCity, bastam 50 veículos, ocupando cerca de 3 mil metros quadrados de via pública.
Nesse contexto, o BRT é uma maneira de evitar a iminente paralisação do tráfego. Estes sistemas se caracterizam por faixas exclusivas com paradas de ônibus separadas e livres de barreiras, conjuntos de semáforos exclusivos e formas especiais de cobrança, com venda antecipada de passagens. Dependendo da demanda de passageiros projetada, os elementos individuais do BRT podem variar de tamanho. Na América do Sul, esses sistemas assumiram o papel dos metrôs subterrâneos e têm mostrado bons resultados amplamente. Já as soluções europeias têm porte mais semelhante ao modal de bondes.
Vantagens dos sistemas BRT: eles são rápidos de implantar, baratos e flexíveis. Também reduzem a densidade do tráfego, diminuem as emissões de poluentes e o ruído, aumentam as velocidades de deslocamento e, de forma geral, elevam a qualidade de vida. Especialistas estimam que existam hoje cerca de 180 sistemas BRT em todo o mundo, empregando em torno de 40 mil ônibus e transportando aproximadamente 30 milhões de passageiros por dia.
Linhas BRT – um sucesso em todos os continentes
Atualmente, há BRT em todos os continentes, com novas linhas sendo planejadas e implantadas constantemente. Uma importante região é a América do Sul, onde cidades com rápido crescimento são servidas por essa solução. A cidade de Curitiba, no Brasil, por exemplo, foi pioneira nesse conceito de transporte, com a introdução de um BRT em 1968. Ao longo dos últimos anos, a cidade do Rio de Janeiro, sede de mega eventos esportivos, vem desenvolvendo um sistema que consiste de três corredores BRT, com uma extensão total de 150 km.
Noventa ônibus articulados Mercedes-Benz, todos com quatro eixos e 23 metros de comprimento, estão em operação na linha "TransOeste", a primeira a ser aberta. No Brasil eles são conhecidos como "Ligeirão", isto é, "ônibus grande e rápido".
Daimler Buses |
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