Publicado em 22/05/2024
A professora de Educação Especial, Sheila Torma Rodrigues, apresentou nos Estados Unidos uma experiência da rede municipal de ensino de Florianópolis de atendimento aos estudantes com altas habilidades/ superdotação. Ela expôs o trabalho no Simpósio de Pesquisa e Desenvolvimento de Talento (The Wallace Research Symposium on Talent Development) na University de Connecticut. A professora atua na sala multimeios do Núcleo de Educação Infantil Municipal Doralice Maria Dias.
Em 2019, Sheila Rodrigues iniciou uma triagem de altas habilidades/superdotação na Escola Básica Municipal Intendente Aricomedes da Silva, na Cachoeira do Bom Jesus, que culminou na identificação de 20 crianças e adolescentes com este indicador no ano de 2023. Foi esta experiência que ela relatou nos Estados Unidos nesta segunda-feira, dia 20 de maio.
A professora frisa que, conforme Joseph Renzulli, pesquisador da área, na Universidade de Connecticut, o comportamento superdotado implica grande persistência e envolvimento com determinada tarefa , que faz com que vá até a conclusão do que se propõe.
Outra característica é a capacidade acima da média, em qualquer área, podendo ser na matemática, esporte, música, e assim por diante. Possui também alto nível de criatividade e pensamento divergente.
Sheila Rodrigues alerta que, no entanto, nem todas as pessoas desenvolvem este comportamento e manifestam os três traços característicos. “Isto pode se dar devido à falta de estímulos do ambiente familiar ou escolar ou por questões emocionais, como baixa autoestima e perfeccionismo negativo.
A professora trabalha há 22 anos com esta área. Já foi presidente da Associação Gaúcha de Apoio às Altas Habilidades/Superdotação e é sócia-fundadora e membro do Conselho Brasileiro para Superdotação.
Na rede municipal de ensino de Florianópolis há 101 estudantes com altas habilidades-superdotação. É garantido a eles o direito a um ensino de qualidade que contemple suas necessidades específicas.
É assegurado a esse público não só o enriquecimento como também a suplementação curricular, com o objetivo de promover a potencialização das suas habilidades, além de orientar e contribuir nas orientações da família e escola.
A SME possui 73 salas multimeios, com professores de educação especial, para atender e acompanhando esses estudantes.
Divulgação/PMF Com Joseph Renzulli, um dos maiores pesquisadores da área da Superdotação |
Divulgação/PMF |