23 de março de 2025
#Tecnologia

Darwin Startups prorroga inscrições para programa voltado para mulheres inovadoras

As mulheres são a maioria da população (51,2%), segundo dados divulgados pelo IBGE, mas esse volume não é refletido no cenário de inovação e negócios. Conforme apurado no Mapa do Empreendedor: Quem são os fundadores de startups no Brasil?, divulgado pelo Startup Copilot, a grande maioria dos fundadores de negócios inovadores é do sexo masculino (76%). Para contribuir com a mudança desse cenário e promover o protagonismo feminino, a Darwin Startups, um dos principais atores de desenvolvimento de negócios estratégicos do ecossistema de inovação no Brasil, lança o Emma Project, uma ação com foco na capacitação empreendedora e aceleração de startups focado em gerar conexões e negócios, com mentorias individualizadas e acompanhamento psicológico para as mulheres fundadoras.

Para lidar com os principais desafios que as mulheres enfrentam no ecossistema empreendedor, como a falta de representatividade e o difícil acesso a capital, o Emma Project oferecerá mentorias, suporte contínuo e uma rede de conexões estratégicas. A iniciativa é aberta a toda pessoa que se identificar como mulher, que possua uma ideia na etapa de validação ou um negócio nas etapas seguintes e que esteja no cap table da empresa. Darwin Startup visa, a partir do programa, formar uma comunidade de suporte voltada exclusivamente  para as mulheres sem perder de vista a necessidade de fazer negócios. As inscrições poderão ser feitas até o dia  10 de novembro no site https://www.darwinstartups.com/emmaproject..

Por meio do Emma Project, a Darwin Startups tem o objetivo de impactar cinco mil mulheres até 2030; capacitar duas mil mulheres; pré-acelerar 600, acelerar 200 e conseguir investimento para 50 delas. “Queremos a partir do segundo ano, estender o programa que inicialmente começa no Brasil, para América Latina e posteriormente para a África Lusófona, com o intuito de alcançar o sul global”, revela Emília Chagas, diretora de Projetos da Darwin Startups.

“Atualmente, 25% do nosso portfólio de mais de 100 startups investidas possuem mulheres no quadro de fundadores, enquanto somente 11% são CEOs. Diante destes questionamentos e incomodadas com as estatísticas e a realidade que nos cerca, decidimos fortalecer os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030 para escalar nosso compromisso e desenvolver esta iniciativa para que pudéssemos ajudar mais mulheres a acessarem esse ambiente de negócios, mercado e investimentos”, destaca Emília.

Em artigo publicado na BCG, através do levantamento MassChallenge, que avaliou o cenário de investimentos num período de cinco anos, é possível perceber as disparidades de gênero no ecossistema de inovação, pois verificou-se que as startups fundadas por mulheres recebem, em média, menos da metade do que é investido em empresas abertas por homens. Em contrapartida, as startups fundadas e cofundadas por mulheres tiveram um desempenho melhor, gerando 10% a mais de receita no período em comparação com as fundadas e cofundadas por homens: para cada um dólar investido, as startups comandadas pelo público feminino gerou 78 centavos, enquanto que as fundadas por homens geraram apenas 31 centavos.

As questões de gênero são também culturais, conforme observado nos fatores que dificultam o empreendedorismo feminino, divulgado pelo Sebrae: sobrecarga de responsabilidades: 76% das mulheres sentem sobrecarga ao tentar equilibrar os cuidados com a família e a empresa, em comparação com 55% dos homens; o sacrifício de tempo pessoal: 61% das mulheres deixaram de fazer algo para si mesmas para cuidar de familiares, enquanto para os homens esse número foi de 48%.