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Gestantes devem ingerir suplementos vitamínicos em períodos adequados

Publicado em 25/10/2023


Gestantes devem ingerir suplementos vitamínicos em períodos adequados



Ácido fólico e ferro auxiliam no desenvolvimento do bebê; Indicação de suplementação deve ser feita por profissional da saúde.

Durante a gestação, a mulher mergulha em um universo de mudanças físicas e psicológicas. Além do desconforto da barriga, a gestante pode sofrer com enjoos, vômitos e sono excessivo. Especialistas da área da saúde explicam que, neste período, também é comum sentir-se mais ansiosa, irritada e ter alterações de humor, pois hormônios como HCG, Progesterona e Estrogênios ficam alterados.

Com tantas mudanças, o acompanhamento médico e nutricional da gestante é muito importante, pois os profissionais saberão indicar os melhores alimentos a serem consumidos e qual tipo de suplemento vitamínico pode ser necessário.

Dessa forma, cada gestação deve ser avaliada de forma individual, mas algumas recomendações são comuns para as mulheres que estão vivenciando essa fase, como a da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a do Ministério da Saúde. Ambas entidades reforçam a importância sobre a suplementação de ferro e ácido fólico (vitamina B9) no início da gestação.

O ácido fólico pode ser administrado a partir da concepção até a 12ª semana. A OMS detalha que o suplemento previne a malformação do tubo neural do bebê, contribuindo para o desenvolvimento cerebral e a formação da medula espinhal.

Para orientar sobre o cuidado com a suplementação, o Ministério da Saúde elaborou o Programa Nacional de Suplementação de Ferro - Manual de Condutas Gerais, que destaca a importância do ácido fólico e do ferro para gestantes.

O documento informa que o consumo desses suplementos reduz o risco do bebê nascer com baixo peso, de parto prematuro, de infecção puerperal e previne o desenvolvimento de anemia e deficiência de ferro na gestante.

Outras suplementações

O aumento da demanda por nutrientes, devido ao crescimento rápido do feto, motiva a administração de suplementação durante o período gestacional. Dessa forma, caso seja observada alguma carência, outros complementos, tornam-se importantes para o desenvolvimento do bebê e, também, para a saúde da mãe.

A Vitamina D, também conhecida popularmente como “vitamina do sol”, contribui para regular a concentração de cálcio e fósforo no organismo, além de ajudar no desenvolvimento ósseo e dos dentes da criança.

Em gestantes portadoras de pré-eclâmpsia, a Vitamina D diminui a porcentagem de células inflamatórias que se enquadram nesse diagnóstico, conforme artigo elaborado por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP).

O médico ou o nutricionista deve avaliar, por meio de exames, se a gestante necessita de Ômega 3, gordura presente em alimentos como peixes de águas profundas - salmão, atum, sardinha - e cereais. Essa substância é uma aliada importante para o desenvolvimento saudável do bebê e atua na regulação da pressão e no processo de coagulação.

A Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp) menciona outras vitaminas e, também, minerais importantes para as mulheres grávidas: B6, A, E, K, cálcio, fósforo, zinco, cobre, sódio, magnésio, flúor e iodo. A entidade reforça para que a suplementação não seja feita sem recomendação de um profissional da saúde.

Alimentação saudável

Uma alimentação saudável é indicada para qualquer fase da vida. Para gestantes, a recomendação torna-se ainda mais importante. A Sogesp alerta para que o cuidado não seja deixado de lado durante esse período..

Segundo a entidade, o consumo de alimentos ricos em vitaminas e minerais, intercalado com suplementação, se necessário, contribuirá para a plena saúde da mãe e da criança.

A associação destaca a importância de uma dieta balanceada, que integre os três grupos alimentares. O primeiro deles é o de alimentos reguladores, responsáveis por controlar as funções do organismo. A Sogesp enumera: alface, rúcula, agrião, espinafre, almeirão, acelga, brócolis, couve, maçã, banana, laranja, mamão, pera, melão, melancia e tomate.

Já o segundo grupo é o de alimentos construtores, que têm como principal função garantir a formação e o desenvolvimento de órgãos e tecidos. Na lista estão: carne, peixe, frango, clara de ovos, leite e derivados.

Por fim, a Sogespe destaca a importância dos alimentos classificados como energéticos, pois asseguram a fonte de energia necessária para a realização das atividades do dia a dia. Entre eles, estão: batata, mandioca, milho e trigo.












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