Publicado em 29/09/2023
Inteligência artificial e revolução tecnológica são temas que predominam nos meios de comunicação, nos mais diversos eventos e nas redes sociais. Mas o mundo online ainda não é realidade para uma grande parcela da população. Levantamento realizado recentemente pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com base em dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT), mostrou que o Brasil está abaixo da média de letramento digital da América Latina, que é de 29,12%. No país, este percentual é de 24,4%, ao considerar habilidades digitais básicas, como saber mandar um anexo por e-mail. Já ao analisar habilidades intermediárias, como usar uma fórmula aritmética básica em uma planilha de Excel, o índice é de 11,31%.
A inclusão digital é um caminho necessário, portanto, para a visibilidade dessa população às margens do que acontece no ambiente online e, consequentemente, para o desenvolvimento do país como um todo. Em Florianópolis, o programa Floripa Mais Tec acaba de firmar parceria com a ONG Prototipando a Quebrada (PAQ) para promover cursos de letramento digital voltado para pessoas em situação de vulnerabilidade social, a partir de 14 anos, que tenham baixa familiaridade com computadores .
A iniciativa é da Prefeitura de Florianópolis, em parceria com SENAI/SC, SEBRAE e ACATE, e os cursos serão realizados presencialmente nas unidades do PAQ em Florianópolis, no Centro e no Saco Grande. As inscrições para a primeira turma podem ser feitas até o dia 10 de outubro, de forma gratuita, diretamente na página do Floripa Mais Tec. As aulas começam no dia 16 de outubro e seguem até dezembro. Serão duas turmas, à noite e aos sábados, para encaixar na agenda de quem trabalha em horário comercial.
Mais sobre o PAQ
A ONG Prototipando a Quebrada (PAQ) foi fundada em 2018 pelo educador Jeff Lima e atua na região metropolitana de Florianópolis. A missão do PAQ é conectar a juventude de periferia com o conhecimento e as oportunidades do mundo tech, criando um ambiente propício para aprendizagem e formando um ecossistema de transformação tecnológica. Atualmente, o PAQ conta com a participação de 300 adolescentes e já tem 40 jovens empregados em empresas de tecnologia da Grande Florianópolis. “A gente só sonha em ser o que a gente conhece. O PAQ está aqui para mostrar a estes jovens o caminho para conquistar seu espaço no ambiente de tecnologia, proporcionando a eles um lugar de qualidade para estudar”, destaca Jeff. Além de educação, o PAQ também tem movimentado a economia da periferia da região. Desde o início das atividades, já foram injetados indiretamente cerca de R$ 290 mil nas comunidades onde está inserido. Mais informações em prototipandoaquebrada.org.