Publicado em 20/06/2023
O Brasil foi construído com o trabalho de imigrantes e refugiados. O Grupo Pereira, detentor das marcas Fort Atacadista e Comper, entre outras, abre as portas da empresa para receber estrangeiros entre seus colaboradores. E, no Dia do Refugiado, celebrado nesta terça-feira, 20 de junho, em todas as suas mais de cem unidades de negócios no Brasil, nos refeitórios e nas unidades do Restaurante Trudy’s será servido um prato especial, típico venezuelano: o “Pabellón Criollo”.
Segundo dados da Agência da ONU para Refugiados, atualmente são 65.811 pessoas reconhecidas por essa condição no Brasil. Desse total, mais de 70% vêm da Venezuela. A situação se repete no Grupo Pereira. Entre os 17 mil funcionários em todo o País, 489 são estrangeiros. E, desses, 76% vieram da Venezuela. Na sequência, vêm Haiti e Cuba, com mais representantes entre os colaboradores.
Santa Catarina, onde o Grupo Pereira possui 33 lojas lojas do Fort Atacadista e uma unidade do supermercado Comper, é o estado que mais tem representantes internacionais. São 284 trabalhadores imigrantes, e desse total 132 vivem na Grande Florianópolis e 102 são venezuelanos.
Juan Eduardo Machado Flores veio da Venezuela para o Brasil há quatro anos, e relata ter encontrado dificuldades para conseguir emprego nos primeiros meses vivendo no país. “Minha mudança foi bem difícil, ainda não dominava o idioma e não tinha muita experiência laboral; foi difícil encontrar um trabalho com carteira assinada, me sustentava apenas com diárias”, relembra Juan. Hoje, ele é operador de empilhadeira no Fort Atacadista de Biguaçu. Além de ser apaixonado pelas praias e trilhas do litoral catarinense, o jovem venezuelano destaca que o que mais gosta de trabalhar no Fort Atacadista são os colegas de trabalho e o ambiente laboral agradável.
Há cinco anos no Brasil, sendo quatro deles em Florianópolis, Judith Katherine Hernández Díaz, deixou a Venezuela em 2018 para recomeçar uma nova vida ao lado de seu esposo. Primeiro o casal foi para Boa Vista, em Roraima, estado que faz fronteira com a Venezuela, em seguida foram para Campo Verde, em Mato Grosso; após não conseguirem emprego, o casal decidiu vir para Santa Catarina.
“Em janeiro de 2018 deixamos tudo para trás, toda uma vida familiar e profissional. Fechamos nossas empresas e saímos em busca de uma vida tranquila, em paz, livre da corrupção que a cada dia ficava mais difícil por conta da má administração do país, viemos em busca de melhores condições de saúde, alimentação e emprego para ajudar nossos pais e outros familiares que ficaram na Venezuela”, conta Judith.
Foi somente em Florianópolis que Judith conseguiu emprego. “Foi aqui na Ilha que finalmente fomos aceitos e encaixados profissionalmente”, relata. Desde 2021, Judith trabalha como auxiliar no setor administrativo do Fort Atacadista Santo Antônio de Lisboa, no Norte da Ilha. “Já faz quatro anos que essa Ilha linda se tornou nossa casa, com novas experiências, aventuras e emoções”, comemora a colaboradora.E para celebrar a história de tantos trabalhadores que vieram de outros países por diferentes motivos, neste dia 20 de junho, Dia do Refugiado, será servido um prato típico da Venezuela, o Pabellón Criollo, para os colaboradores do Grupo Pereira. Os clientes que desejarem também poderão provar a refeição no Restaurante Trudy’s, que vai incluir no cardápio essa iguaria feita em homenagem aos imigrantes que fazem parte da empresa. A única unidade do restaurante em SC fica na unidade Fort Atacadista Areias, em São José, às margens da BR-101.
