Publicado em 02/07/2022
Às vésperas do início de sua 14ª edição (05 a 09 de julho), o Transcatarina confirma a condição de ser um dos principais eventos off-road do calendário nacional. Basta uma passada pela lista de inscritos para entender o porquê. Afinal, nada menos que 114 cidades de 13 estados e do Distrito Federal estarão representadas no desafio que começa em Fraiburgo; passa por Canoinhas e São Bento do Sul e termina em Jaraguá do Sul.
Há participantes que sairão de muito longe para encarar as trilhas e o frio do inverno catarinense sobre quatro rodas – do Amazonas e de Pernambuco, por exemplo. Mas, os donos da casa são maioria (252 participantes), algo lógico e justificado.
Além das menores distâncias, Santa Catarina é hoje um dos principais polos do fora de estrada brasileiro, com Jeep Clubes atuantes e a revelação constante de novos praticantes, seja nas competições, nos passeios e trilhas. Algo decisivo para que o Transcatarina ganhasse força ano a ano e atraísse cada vez mais gente do restante do país.
Quando se trata da cidade mais representada, a disputa é acirrada. Blumenau leva a melhor sobre Jaraguá do Sul por 31 participantes a 30. E a paranaense Curitiba vem a seguir, com 27.
Mas não são apenas os números a explicar o sucesso do Transcatarina. A acolhida, o clima de camaradagem, a disputa sadia; as belas paisagens atravessadas e os percursos adequados à experiência e habilidade dos jipeiros criam um ambiente único, que faz com que os participantes habituais queiram voltar sempre. E quem ainda não experimentou faça de tudo para estar presente. Com isso, a cada ano, novos participantes se juntam ao evento.
O piloto Flávio Kath, também conhecido como Poder, faz parte do primeiro time. O blumenauense participou de todas as edições e soma quatro títulos no rally de regularidade 4x4. “O Transcatarina é hoje a principal disputa para nós praticantes deste esporte e subir ao pódio é bem difícil, pois os nossos concorrentes são simplesmente as melhores duplas do Brasil. Com etapas altamente técnicas, com muitos balaios e pegadinhas, médias de velocidade justas, a definição dos resultados ficam pelos pequenos detalhes e, todos os anos, chegamos à reta final sem ter um ‘campeão feito’. A decisão é sempre no último metro”, detalha Kath.
No outro caso, está a goiana Jocemary Coutinho da Silva, que vai estrear no Transcatarina na categoria Turismo Iniciante (competição). Ela não esconde a ansiedade para realizar um sonho antigo. "Sempre acompanhei a prova pelas redes sociais, e os jipeiros de Goiânia que participaram comentam bastante. É um evento grande e conhecido em todo o país. Falei que um dia participaria e esse ano deu tudo certo", revela a piloto, que leva no currículo a experiência na Copa Brasília e no Goiano de Regularidade, além do vice-campeonato do Rally Feminino, disputado também em Goiás.
Marcos Leite/DFOTOS |
Marcos Leite/DFOTOS |