Publicado em 21/06/2022
Apesar da determinação judicial de restabelecimento integral das atividades, cerca de 16% dos profissionais da educação e da saúde faltaram ao trabalho.
No dia de hoje a Prefeitura fez uma nova proposta de acordo, que foi recusada pelo sindicato. Grevistas protestaram em frente a um dos prédios da Prefeitura no final da tarde, mas dispersaram sem incidentes. Saúde: No geral a adesão ficou em 15,7%, com percentual bem menor nas Policlínicas (7%). O SAMU e as UPAS não aderiram ao movimento grevista.
Educação: Na educação, 16,4% estão em greve. Na avaliação da administração municipal, o senso de responsabilidade e o espírito público predominaram entre os servidores.
CDL emite nota
Eis que estamos diante de mais uma paralisação dos servidores públicos municipais de Florianópolis e, para surpresa de absolutamente ninguém, trata-se de mais uma greve inoportuna, fundada em premissas falaciosas.
Felizmente, é de se observar que a grande maioria dos servidores não caiu na esparrela peleguista e permanece honrando o compromisso de bem e fielmente servir ao povo. Segundo dados fornecidos pela Prefeitura, apenas quinze por cento do quadro ativo resolveu cruzar os braços para mais uma vez atuar como massa de manobra em prol de interesses meramente ideológicos.
Ainda que esse percentual fosse próximo de zero, mesmo assim haveria – como de fato há – milhares de cidadãos pagadores de impostos sendo fortemente prejudicados, na medida em que são desprovidos de serviços públicos essenciais. Isso é simplesmente inaceitável.
Essa minoria de servidores ignora o fato de que mantiveram intactos seus vastos benefícios (altos salários, férias, gratificações de toda a espécie etc.) enquanto empresas quebravam e centenas de milhares de florianopolitanos eram submetidos a enormes privações por conta das restrições impostas pela pandemia. Portanto, que fique claro: as motivações da atual paralisação em nada estão relacionadas à busca por melhores condições de trabalho, porquanto se circunscrevem ao indomável desejo de ampliação de benesses inatingíveis para parcela esmagadora da população.
Em outras palavras, está-se diante de hipócritas juramentados, escandalosamente dissociados da realidade e protegidos pela estabilidade funcional – uma excrecência de tempos idos que nenhum governante consegue ter a coragem de extirpar do ordenamento jurídico.
Nesse sentido, corretíssima é a atuação do Chefe do Poder Executivo Municipal em fazer valer a lei em nossa cidade à medida que mantém abertos os canais de diálogo com os servidores, como também é digno de elogio que o Poder Judiciário tenha reconhecido a ilegalidade desta greve.
A sociedade civil que acorda cedo para gerar empregos e oportunidades para todos, aqui representada pela CDL de Florianópolis, não aceitará nenhum gesto de complacência para com aqueles que põem suas veleidades políticas à frente do interesse público, razão pela qual exige-se que todos os dias parados sejam integralmente descontados, bem como demais medidas legais e administrativas adotadas, a fim de que sirvam como desestímulo para novas rupturas dos esforços de retomada econômica neste delicado momento por que passamos.
Diretoria da CDL de Florianópolis