Publicado em 20/08/2021
Um esporte no qual o Brasil sempre aparece entre os favoritos é o futebol, seja o disputado em gramados, quadras ou areias. Na Paralimpíada de Tóquio não será diferente, a seleção brasileira de futebol de 5 chega como candidata a ocupar o lugar mais alto do pódio mais uma vez.
O retrospecto brasileiro na modalidade, que entrou no programa dos Jogos Paralímpicos em 2004 (Atenas), é digno de destaque: em quatro disputas, o país ficou com o ouro em todas, com 17 vitórias e cinco empates em 22 partidas disputadas.
O futebol de 5 tem regras diferentes das do futebol convencional. A modalidade é disputada por pessoas com deficiência visual (exceto os goleiros), em partidas de dois tempos de 25 minutos, com intervalo de 10, nas quais não há cobranças de lateral ou escanteios. Os atletas usam vendas para que não haja vantagem dos que enxergam parcialmente em relação àqueles que nada veem.
As bolas possuem guizos que fazem um barulho para orientar os atletas em campo. Além disso, atrás de cada gol fica um membro da comissão técnica, atuando como guia ou chamador. A função dele é orientar os atletas de sua equipe.
O Brasil caiu no Grupo A no torneio paralímpico da modalidade, ao lado da China, contra a qual fará a estreia, do Japão e da França. A outra chave reúne Argentina, Marrocos, Espanha e Tailândia. As disputas acontecem entre 29 de agosto e 4 de setembro no Parque de Esportes Urbanos de Aomi.
“A chave do Brasil ficou forte, mais equilibrada do que a outra. Mas o que sempre digo aos atletas é que, para serem campeões, não podem escolher adversário. Primeiro, temos de nos classificar. Vamos passo a passo”, declarou o técnico Fábio Vasconcelos, em depoimento ao site da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).
E, para buscar o pentacampeonato, a seleção brasileira confia demais na qualidade de um jogador específico, o ala Ricardinho, considerado o melhor do mundo na modalidade e que deseja conquistar a quarta glória olímpica de sua carreira.