Publicado em 17/12/2020
O formato de trabalhar em conjunto existe há muito tempo. Hoje, os grupos de empresários que se unem para ganhar escala nas compras obtendo melhores preços e vantagens competitivas são chamados de centrais de negócios. Esse modelo associativo pode proporcionar melhor negociação entre fornecedores com melhoria no preço de compra de mercadorias, construção de uma marca própria, acesso a novos mercados, treinamento de colaboradores, concentração de informações, troca de experiências, entre outras vantagens.
“Um exemplo dessa iniciativa são empreendedores individuais supermercadistas que se unem para fazer compras em comum e ganhar competitividade”, explica Jonatan da Costa, CEO da Área Central, empresa especialista em tecnologia para gestão de centrais de negócios. Na prática, algumas regras devem ser seguidas, pois há necessidade de adequação às necessidades de compras uns dos outros. Se você gostou da ideia, ou pretende formar uma central, veja dicas de como começar:
1. Mobilização dos interessados
Nesta etapa é importante que os empresários interessados tenham o maior nível de informações possível sobre a atuação das centrais de negócios, incluindo os benefícios e quais são os investimentos que precisam ser feitos. Também é interessante que já sejam definidas pessoas que fiquem responsáveis por organizar a parte da legalização da central, estudo da viabilidade econômica e o mapeamento financeiro e de investimento.
2. Constituição
Neste momento é realizada uma assembleia de constituição, uma etapa formal para o processo — aqui será eleita a gestão da central e a aprovação do estatuto. Com a documentação necessária para dar início às atividades, o registro da central é feito. Depois desta fase a operação já pode iniciar. Também é necessário ter um contador, que será responsável pelo livro-caixa e registro dos colaboradores.
3. Operação
A partir desta fase, a central de negócios já pode iniciar suas negociações. O funcionamento da associação exige a participação em reuniões para decidir as ações a serem feitas. Além disso, a administração da central deve ser baseada em alguma estratégia de mercado, não apenas focada em redução de custos. Como em qualquer outro processo de associação, é preciso ter confiança mútua.
Além da compra conjunta
Comprar mais e por um preço menor pode ser o princípio básico que dá origem a maioria das centrais, mas a atuação pode ir muito além: como o investimento em tecnologia, ações coletivas de marketing e mídia, boas práticas de gestão, entre outras. “Dentre os benefícios das centrais de negócios estão a conquista de novos mercados, fortalecimento da marca, poder de compra, compartilhamento de recursos, explorar novas oportunidades, entre outras”, comenta o CEO da Área Central.
A tecnologia pode ser uma grande aliada na centralização dos dados da central de negócios, o maior ganho é a possibilidade de ter um overview da central, dos processos e dos resultados que têm sido alcançados até então. Utilizando uma plataforma inteligente para gestão e a alimentando com dados dos gestores e associados, por exemplo, é possível apresentar gráficos e relatórios que permitam aos demais integrantes do grupo identificar os pontos que merecem atenção e efetuar ações para reduzir o que tem pesado. Outro aspecto que levanta a relevância da automação quanto a redução de custos é pelo fato dela minimizar os erros, aumentar a produtividade das pessoas envolvidas nos processos e permitir a mensuração dos resultados.