Publicado em 11/06/2015
Com pelo menos três horas de duração, a atividade abordará o consenso entre especialistas de que a Música Popular Brasileira nasceu da paganização de certos rituais religiosos praticados no Brasil pelos escravos africanos. No curso serão examinados e exemplificados, com gravações originais, a modinha brasileira, o lundu, o choro, o maxixe, o samba, as marchinhas carnavalescas, o samba “de fossa”, o baião, o frevo e a bossa nova.Os diferentes gêneros musicais acima referidos resultaram do casamento desta força matricial com distintos gêneros de músicas estrangeiras.
Para Hartke, a repressão exercida pelos colonizadores provocou uma separação forçada entre o batuque religioso (proibido) e uma derivação laica por vezes chamada batucada, tolerada pela sociedade. A batucada constitui uma força sexual dionisíaca que se expressa por uma sincope rítmica peculiar associada a uma coreografia derivada da “umbigada” (chamada “semba” em Angola), isto é, do roçar de baixo ventre entre os participantes de um ritual de casamento africano.
Raul Hartke é médico psiquiatra e psicanalista. Foi diretor do Instituto de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre da qual também foi presidente. É psicanalista didata e supervisor no curso de Extensão em Psicoterapia de Orientação Psicanalista da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Esta atividade, assim como as demais realizadas na Fundação Cultural Badesc, é gratuita.
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