Publicado em 26/10/2011
Margem Esquerda é um mergulho no universo da música e da poesia brasileira. No show, o grupo apresenta composições próprias e versões de músicas e poesias de valorosos artistas brasileiros. Buscam realizar um trabalho que valorize a música e a poesia brasileira sem privilegiar um nem outro, de tal forma que o publico identifique toda música de uma poesia e toda poesia de uma música.
O instrumental traduz a pluralidade de manifestações que permeiam a cultura do país. Samba, chorinho, baiões, samba canção, frevo e cirandas afinam-se numa heterogeneidade poética, típica do nosso povo. Vozes, violão, flauta transversal, clarineta, acordeon, bombos, pandeiro, caixa, ganzá, violoncelo, viola caipira, cavaquinho, unem-se à palavra, a qual também expressa a diversidade da literatura poética nacional. Por trazer todos esses elementos à cena, acreditamos que o Margem Esquerda traduz um pouco o multicuturalismo que é a grande característica da identidade brasileira.
Integrantes:
Osvaldo Pomar (percussão): é percussionista e produtor e pesquisador de ritmos brasileiros. Coordena o Grupo Cultural Siri Goiá em trabalhos sociais, apresentações e oficinas. Foi integrante dos forrós Maria Preá e Cangaia. Integra os grupos Sonoroso, Baia Catu e Cozinhando Galo, ambos de choro. Gravou trilhas nos discos de Felipe Coelho e da Banda Felixfônica, entre outros. Produziu em Florianópolis, o workshop “Zabumba Moderno” ministrado por Eder ‘O’ Rocha. Dedica-se ao Maracatu de baque-virado, tendo integrado a percussão do Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife no carnaval de 2005.
Paola Gibram (acordeon): iniciou seus estudos musicais com o piano, na Academia Lorenzo Fernandez (MG). Em Florianópolis, desenvolve trabalhos ligados à “música popular”, atuando principalmente como acordeonista. Frequentou oficinas de prática de conjunto com Itiberê, acordeon com Alessandro Kramer, piano com Délia Fischer, dança e percussão com mestres de Recife, entre outras. Participou do grupo de forró “Cambaleio”, de maracatu “Arrasta Ilha” e compõe o Sexteto Instrumental Catarinense.
Raphael Galcer (violão): é musico e compositor. Estudou harmonia com o guitarrista Dalton Xavier em Itajaí, onde participou do festival de musica da cidade, abrindo apresentações de Wagner Tiso, Luis Melodia e Demônios da Garoa, também participou de oficinas com mestres como Mauricio Carrilho, Pablo Trindade, Clara Sandroni e Arismar do Espírito Santo. Foi integrante por dois anos do Bom Partido, grupo de samba de Florianópolis que interpreta várias vertentes do gênero como o partido alto, o samba de roda, samba canção, samba de breque entre outros. É integrante do Ginga do Mané, grupo de choro de Florianópolis.
Luciana Lira (vocal): começou a ter a música como meio de expressão muito cedo. Com seis anos ganhou um violão, aprendendo com seu pai os primeiros acordes. Além de estudar música, fazia teatro e dança. Participou de diversos grupos, corais e da banda de rock 'Loucos e Penteados'. Em Porto Alegre, integrou o grupo vocal Expresso25 de 2002 a 2006, sob direção do maestro Pablo Trindade, fazendo shows ao lado de nomes como Guinga, Felipe Azevedo e Hermeto Pascoal. Recebeu junto ao grupo o 'Prêmio Açorianos' de Melhor Intérprete de MPB em 2004. Já se apresentou acompanhada pelo Um Bom Partido, grupo de samba tradicional, interpretando canções imortalizadas pela cantora Clara Nunes. Luciana sempre investiu em sua carreira se dedicando à faculdade de música na Universidade do Estado de Santa Catarina e a diversos cursos.
Eduardo Vidili (bateria e percussão): é baterista, percussionista e professor de música. Natural de São Paulo, é Bacharel em Música com Habilitação em Percussão pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Estudou percussão sinfônica com Joaquim Abreu, bateria com Lelo Izar e percussão popular com Ari Colares. É professor de música desde 1993. Leciona bateria, percussão, prática de conjunto, teoria musical e percepção.
Trabalhou com grupos de estilos e formações diversas, tais como: Grupo de Percussão da ECA-USP, Banda Sinfônica Juvenil do Estado de São Paulo, Banda Klezmer Brasil (música judaica do Leste Europeu), Lehmejum (rock progressivo instrumental), Pé-de-Cabra (forró).É baterista da banda Felixfônica e com ela lançou em 2009 o disco Felixfônica e as Manifestações Populares do Brasil, após a contemplação obtida pelo grupo no Projeto Pixinguinha, promovido pela Funarte.
César Félix (o poeta): é o poeta do grupo, com formação em História pela UFSC, é professor e ativista de movimentos sociais e culturais. Tem três livros de poesia publicados: “A oficina da poesia” (2003),“Se você olhar dentro do poema, o poema olhará dentro de você” (2006) e "Se existe poesia existe vida" (2008) – publicações independentes. Declamou poesia em vários projetos artísticos, entre eles: “Quintal das Artes” 1998 e no Projeto 12:30 em 2006, “Caldo Cultural” (Bar Drakkar) 2001, Encontro Mundial dos Estudantes (Havana-Cuba)1997, Projeto Velhos amigos em 2006, Apresentou o espetáculo “Espelhados – A vida refletida em poesia,” no ano de 2006, ao lado de Ryana Gabech e Raphael Galcer, e “Harmonia da palavra” com Bernardo Sens em 2007.