Devolvido ao mar na última segunda-feira (24), o filhote de baleia-franca encontrado encalhado na praia de Ibiraquera, em Imbituba (SC), e avistado na última sexta-feira (28), infelizmente foi localizado sem vida na manhã deste domingo (30). “Sem reencontrar a mãe, lamentavelmente não resistiu, provavelmente por falta de alimento”, informa Karina Groch, diretora de Pesquisa do ProFRANCA, que monitora e estuda as baleias-francas no litoral catarinense.
"Desde o dia do resgate ficamos apreensivos, pois durante os primeiros meses de vida a sobrevivência do filhote depende exclusivamente do leite materno”, explica Karina, reforçando que eles permanecem até um ano com a mãe. De acordo com os profissionais do ProFRANCA, patrocinado pela Petrobras, a ausência de ciamídios (piolho-de-baleia) no filhote também já era um indicativo de que não houve interação com indivíduos adultos.
O Protocolo de Encalhes e Emalhes da APA da Baleia Franca/ICMBio foi acionado e está no local, representado pelo Instituto Australis e pela Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC, com o apoio da Prefeitura de Imbituba. A união de esforços atua neste atendimento.
O encalhe ocorreu no Trecho 1 do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), de responsabilidade do LabZoo/UDESC Laguna, que irá realizar necropsia e a coleta de amostras para identificar a causa do encalhe.
A coordenação do Protocolo de Encalhes e Emalhes é formada pela APA da Baleia Franca/ICMBio, Instituto Australis, Associação R3 Animal, Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC, Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski da UNESC, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos e Polícia Militar Ambiental que trabalham em parceria para o atendimento de encalhes e emalhes na região da APA.
O ProFRANCA - Projeto Franca Austral - é realizado pelo Instituto Australis e conta com patrocínio da Petrobras e do Governo Federal, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Divulgação/Instituto Australis |
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