Durante o mês de maio, conhecido como Maio Roxo, a campanha de conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) ganha destaque em todo o país. O gastroenterologista Nelson Cathcart Jr., que atua em Florianópolis, chama a atenção para a importância de reconhecer os sintomas e buscar atendimento médico o quanto antes.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 5 milhões de pessoas convivem com DIIs no mundo. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) estima cerca de 1,6 milhão de casos, com Santa Catarina ocupando o terceiro lugar no ranking nacional de prevalência da doença de Crohn e da retocolite ulcerativa.

Entre os principais sintomas estão:

• Diarreia crônica (por mais de 30 dias)

• Dor abdominal

• Sangue nas fezes

• Perda de peso

• Fadiga

• Febre, náusea e vômito

“São doenças autoimunes, sem uma forma clara de prevenção. Por isso, é fundamental investigar qualquer sinal persistente”, explica o Dr. Nelson.

O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais, colonoscopia com biópsia, tomografia e ressonância magnética. Embora ainda não exista cura, os tratamentos disponíveis ajudam a controlar os sintomas e garantem melhor qualidade de vida.

As DIIs podem atingir qualquer faixa etária, mas são mais comuns entre os 15 e 40 anos. Além dos sintomas intestinais, podem causar manifestações em outras partes do corpo, como pele, olhos, fígado e articulações.

O Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal é lembrado em 19 de maio, reforçando a necessidade de informação e diagnóstico precoce.