7 de outubro de 2025
#Tecnologia

Futurecom registra mais de 30 mil visitantes em sua 30ª edição

 Após três dias intensos, o Futurecom encerra sua 30ª edição com a participação de 300 marcas expositoras que apresentaram aos profissionais do mercado as mais eficientes soluções em tecnologia aplicadas à saúde, indústria, varejo, agronegócio, cidades inteligentes e tantos outros setores da economia. O maior evento de conectividade, tecnologia e inovação já tem data para 2026. Será realizado entre os dias 06 e 08 de outubro, no São Paulo Expo.

A edição deste ano recebeu mais de 30 mil visitantes. O evento contou ainda com mais de 200 horas de conteúdo e 500 palestrantes em um espaço de cerca de 25 mil m².

Paulo Sergio Rufino Henrique, cientista-membro do CTIF Global Capsule Foundation na França e chairman da conferência internacional 6G Briefing; Jean-Pierre Bienaimé, ex-secretário geral da Associação de Infraestrutura 5G (5G-IA) na Comissão Europeia; Anderson Jacopetti, CTO da Alaris; e Paulo Fernando Silvestre, consultor em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, discutiram o tema do painel “Conectividade em 2055: a comunicação e conexão em 30 anos”, com mediação de Wilson Cardoso, conselheiro em tecnologia e membro do Senai.

Os palestrantes trouxeram uma reflexão sobre os avanços e erros das últimas três décadas na tecnologia de comunicação. Paulo Rufino destacou como muitas inovações que hoje parecem banais — como Wi-Fi, evolução da telefonia móvel (2G a 5G), fibra óptica e voz sobre IP — transformaram radicalmente a forma como vivemos e trabalhamos. Ele lembrou que, sem essas evoluções, o trabalho remoto durante a pandemia, por exemplo, não teria sido possível.

Ao mesmo tempo, fez um alerta sobre erros passados, como práticas de especulação de mercado e a dificuldade de adoção de sistemas abertos, que limitaram a evolução tecnológica de forma colaborativa. Segundo Rufino, refletir sobre essas falhas é essencial para que não se repitam nos próximos 30 anos.

“Alguns acertos a gente nem percebe no dia a dia, mas 30 anos atrás não tínhamos Wi-Fi. Hoje ele está dentro das nossas casas, empresas e na nossa conectividade. Isso vale para a evolução da telefonia móvel, do 2G ao 5G, e da fibra óptica, que chegou em boa parte do país. São mudanças simples, mas fundamentais, que transformaram nossa vida em apenas três décadas”, explica o pesquisador.

 Paulo Rufino também falou sobre oportunidades quânticas no painel “Futurecom Quantum Technologies: Celebrating 100 Years of Quantum Mechanics”, junto com Joao Silvestre Silva Souza, Senai CIMATEC, e Marcio Tabach, da TGT.

Na sequência, o painel Cabos Submarinos e o Contexto Brasileirotrouxe à tona o papel central do Brasil nesse mercado, responsável por 95% do tráfego digital global. Apesar da relevância estratégica, os investimentos na América Latina ainda são menores em relação a outras regiões. A aprovação do PL 270/2025 foi apontada como marco para o setor, em meio a tensões geopolíticas que afetam rotas e parcerias internacionais. Peter Wood (TeleGeography) lembrou que o Brasil é protagonista por conectar rotas únicas a outras regiões e que as questões geopolíticas — quem conecta quem, por quais rotas e sob quais interesses — são determinantes para o futuro do setor. Rogério Mariano, coordenador do CBPC e diretor da Azion, ressaltou que 2025 foi um ano decisivo, com novos protocolos de resiliência e segurança sendo discutidos no país.

O tema da energia também foi central no painel CanalEnergia: Eficiência Energética x Expansão Digital, que discutiu o impacto do crescimento da economia de dados — estimada em US$ 3 trilhões até 2030 — sobre a geração elétrica. Elbia Gannoum (ABEEólica) destacou que estamos vivendo a revolução 5.0, altamente dependente de energia, e que o boom dos data centers deve ser encarado como uma oportunidade para expandir a geração renovável e acelerar a descarbonização da economia.

Por fim, o debate 30 anos da norma 4/95 abordou a decisão da Anatel de revogar a norma que definiu os Serviços de Valor Adicionado (SVAs). Representantes de entidades como CGI, Abranet e Telcomp criticaram a medida, afirmando que ela pode acabar com os SVAs como conhecemos e transferir sua regulação para a Anatel. Mozart Rocha Jr., da própria agência, afirmou que a decisão busca simplificar a tributação da internet, mas deixou aberta a possibilidade de ajustes em pontos específicos no futuro.

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