img

Florianópolis, 20/04/2024




TECNOLOGIA

Coronavirus: Projeto catarinense propõe testes em massa na população a custo baixo

Publicado em 03/04/2020


Fernando Willadino
Coronavirus: Projeto catarinense propõe testes em massa na população a custo baixo

A proposta é fazer os testes em indústrias, empresas e escolas, atingindo mais de 500 mil pessoas por mês em Santa Catarina. - Erich Muschellack, Superintendente Geral da CERTI




Testar, testar e testar. Esta tem sido uma das recomendações da OMS aos países atingidos pela pandemia do novo Coronavírus em todo o mundo. Testes podem custar entre R$ 10,00 e 20,00 e a principal estratégia é fazer em grupos de pessoas

A testagem em larga escala permite fazer o isolamento apenas das pessoas contaminadas, reduzindo os impactos na economia dos países afetados. O problema é que a capacidade de testes é ainda limitada e o custo é alto para fazer em toda a população brasileira.

Com este o desafio, a Fundação CERTI e a empresa Neoprospecta se uniram à FIESC e ao SESI para desenvolver um projeto de realização de testes moleculares tipo RT-PCR - que identificam material genético do vírus -  em grande escala com baixo custo de aplicação.

Os testes do COVID-19 ficarão à cargo da BiomeHub, spin-off da Neoprospecta focada no desenvolvimento e aplicação de tecnologia de NGS e bioinformática para área da saúde, que inclui apoio na investigação de doenças infecciosas de difícil diagnóstico. “A ideia é testar na ordem de 10% da população do estado, sendo parte significativa desse total repetido em intervalos de 15 ou 30 dias, a um custo médio de R$ 10,00 a R$ 20,00 por pessoa testada”, diz Erich Muschellack, Superintendente Geral da CERTI. A proposta é fazer os testes em indústrias, empresas e escolas, atingindo mais de 500 mil pessoas por mês em Santa Catarina.

Para chegar neste custo baixo comparado aos testes RT-PCR no mercado - cerca de R$ 180,00 por teste - a estratégia é realizar de uma vez testes de amostras de grupos de 10 pessoas. Serão coletadas as amostras de muco da faringe misturadas de 10 pessoas supostamente sãs, como se fosse um teste individual, portanto ao custo de um único kit. Caso ninguém do grupo esteja infectado, o resultado será negativo para todos os indivíduos do grupo. Porém, se uma ou mais pessoas estiverem infectadas, o teste indicará positivo - sem identificar o portador da infecção. Neste caso deverá ser feito o teste molecular individual em todos os membros do grupo para identificar quem tem o vírus. Com isso, elimina-se um custo alto de aplicação de testes individuais.

“Esta estratégia do teste de grupo baseia-se na hipótese de que realmente uma parcela pequena da população encontra-se infectada, e, portanto, existe a expectativa de encontrar um grande número de grupos sãos”, explica o Superintendente Geral da CERTI, Erich Muschellack.

Felipe Oliveira, CEO da BiomeHub, corrobora com essa premissa. “A tecnologia empregada na detecção do vírus é a mesma que no diagnóstico oficial, por RT-PCR em tempo real, assim como o tempo, no comparativo com as análises clínicas. Estamos utilizando parâmetros de sensibilidade próximos dos resultado obtidos no teste diagnóstico de um único indivíduo", salienta.

O projeto também prevê aplicativo em celular para gerenciar as coletas, identificando usuário, localização, número de kits necessários em cada local, entre outras informações.
“O principal objetivo do projeto é proporcionar de forma segura a retomada da atividade econômica da indústria, comércio e escolas, monitorando com precisão a evolução da contaminação”, afirma o Superintendente da CERTI.









Shopping








Leia também ...



















Aqui tem mais notícias para você ler ...



Contribuia com apenas R$ 1,00 no PIX

Abra o APP de seu banco.


Mais lidas de hoje


Editorias
Geral
Cidades
Comunidade
Variedades
Tecnologia
Turismo
Esportes
Diversão
Politica
Musica
Regional
Marketing

Nossa rede
Unique TV
Unique Planalto Norte
Rádio Unique
Sport SC
Trip News
Tech Today
Jornal Trindade
Rádio C4 FM

Publicidade