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Acidentes com motociclistas deixam sequelas físicas e psicológicas permanentes

Publicado em 11/07/2018


Luis Gustavo Debiasi / Alesc
Acidentes com motociclistas deixam sequelas físicas e psicológicas permanentes

No CCR de SC, 40% dos atendimentos no mês são para vítimas que apresentam sequelas graves de acidentes de moto




Além de trabalhar para a adaptação desse paciente a uma nova vida, amenizando a falta que o membro amputado fará, ainda há o grande desafio a ser enfrentado da sua reinserção social e profissional

Fatores econômicos e de mobilidade urbana alçaram a moto como um dos principais meios de transporte dos catarinenses. Segundo o Detran de SC, 25% da população com habilitação está autorizada a pilotar motos, o que em números reais representa mais de 1,7 milhão de pessoas. Essa grande quantidade de motociclistas nas ruas também contribui para elevar o número de acidentes envolvendo motos diariamente, transformando drasticamente a vida de quem optou por circular sobre duas rodas. Atento a isso, o Governo de Santa Catarina lançou no último mês a campanha Mais Segurança no Trânsito, que conclama para medidas de segurança aos condutores de motocicletas.

Dados do Seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres) - destinado a pessoas vítimas de acidentes automotores - mostra que nos dois primeiros meses do ano foram pagas 56.581 indenizações; concentradas na faixa de maior incidência (61%), entre os 18 e 44 anos, a vítimas que apresentaram sequelas permanentes, em plena idade produtiva.

Essa triste realidade estatística é uma velha conhecida da equipe do Centro Catarinense de Reabilitação, que desde a década de 1960 atua no atendimento de pacientes com comprometimentos ortopédicos e neurológicos, vindos de todas as regiões do Estado. Conforme calcula a gerente Cristiane Lima Carqueja, 40% dos atendimentos prestados mensalmente pela instituição são dispensados a vítimas que apresentam sequelas graves de acidentes de moto. “Estamos falando de pessoas amputadas, seja no local do acidente, ou no atendimento hospitalar, devido à gravidade das lesões”, pontua Cristiane.

Desde sua fundação, o Centro Catarinense de Reabilitação conta com oficina ortopédica voltada à confecção de próteses e órteses, a pacientes de todo o Estado. Em 2013, passou a ser habilitado pelo Ministério da Saúde no nível 2 de complexidade. “Nosso maior foco é na reabilitação neurológica, mas recebemos mensalmente cerca de 80 pacientes amputados que necessitam de reinserção na sociedade”, calcula.

Cabe ao centro fazer as orientações pré e pós a dispensação protética, e encaminhar esse paciente à fisioterapia oferecida na rede básica de saúde. Todo o atendimento é feito pela rede SUS, ou seja, oferecido gratuitamente ao paciente. No entanto, os impactos aos cofres públicos são consideráveis.

O custo médio de uma prótese é de R$ 2,5 mil, segundo tabela do SUS. Levando em conta que o Centro Catarinense de Reabilitação dispensa mensalmente 30 próteses, isso representa anualmente um custo de R$ 900 mil apenas para bancar a confecção das peças, sem levar em consideração o valor operacional e de recursos humanos aplicado no atendimento desse paciente.

Impactos psicológicos

Segundo relata a gerente Cristiane Lima Carqueja, grande parte dos acidentados que buscam a reabilitação estão na faixa etária dos 18 aos 40 anos, ou seja, em plena fase produtiva. “Eles chegam muito abalados por conta da amputação, e muitos sentem que perderam sua capacidade de trabalho, pois não desenvolveram habilidades profissionais diferentes que possam recorrer”, analisa. 









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