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Museu de Zoologia da Unesc trabalha em encalhe de Baleia Franca

Publicado em 14/08/2017


Divulgação/Assessoria de Imprensa
Museu de Zoologia da Unesc trabalha em encalhe de Baleia Franca



Filhote foi encontrado na Zona Sul de Balneário Rincão

O Museu de Zoologia da Unesc recebeu uma ocorrência na tarde de sexta-feira (11/8) para atender um desencalhe na orla da Zona Sul de Balneário Rincão. Foi encontrado um filhote de Baleia Franca, da espécie Eubalaena australis, com cerca de cinco metros de comprimento. O animal já foi retirado da beira da praia e deve receber os encaminhamentos necessários nos próximos dias.

Um filhote de baleia franca foi encontrado encalhado vivo e morreu pouco depois, antes de uma tentativa de resgate fosse efetuada no final da manhã de sexta (11) na praia do Balneário Rincão (SC). Moradores visualizaram o animal e acionaram a Polícia Ambiental de Maracajá que imediatamente contataram a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca/ICMBio. Equipes da coordenação do protocolo deslocaram-se até o local no inicio da tarde.

O filhote aparentava ter poucos dias e não tinha lesões externas. O animal era um macho, medindo 4,60 metros de comprimento. A necropsia foi realizada na manhã de sábado e amostras de tecido foram colhidas para identificação da causa mortis. Em análise preliminar, foi identificado um hematoma do lado esquerdo próximo a cabeça que pode ter contribuído para o encalhe, provavelmente por colisão.

Para evitar riscos desnecessários às baleias e aos seres humanos, a APA da Baleia Franca recomenda que as pessoas mantenham uma distância prudente das baleias, preferencialmente a mais de 100 metros dos animais.

Segundo o biólogo da Unesc, Rodrigo Freitas, a necropsia será desenvolvida neste sábado (12/8). “Vamos tentar descobrir a causa da morte do animal e também coletar material para serem feitas algumas análises. Posteriormente, o filhote irá compor a coleção do Museu de Zoologia da Universidade”, comentou.

Unesc atua por meio de protocolo 

O Protocolo de Encalhes da APA (Área de Proteção Ambiental) da Baleia Franca é um programa desenvolvido pela equipe desta Unidade de Conservação Federal para prestar assistência aos mamíferos marinhos encalhados na Unidade, estabelecendo assim diretrizes entre as instituições executoras deste plano para o desenvolvimento de ações coordenadas para o atendimento destes casos.

A coordenação do Protocolo de Encalhes na Unidade é formada pela APA da Baleia Franca/ICMBio, Projeto Baleia Franca, Associação R3 Animal, Universidade do Estado de Santa Catarina, Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski da Unesc, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos e Policia Militar Ambiental.

Segundo a coordenadora do Museu de Zoologia, Morgana Cirimbelli Gaidzinski, a participação da Unesc no Protocolo de Encalhes é de suma importância para a Universidade. “Prestar assistência aos mamíferos marinhos encalhados na APA da Baleia Franca fortalece a missão do Museu, e da Unesc, em ações que visam despertar a consciência pela preservação ambiental”, comentou.

Baleias Franca

As Baleias Franca migram anualmente entre áreas de alimentação e reprodução. De julho a novembro a espécie vem para Santa Catarina para acasalar e procriar. O pico de ocorrência é em setembro, sendo os últimos indivíduos são avistados em novembro. A principal área de ocorrência da espécie é na APA da Baleia Franca/ICMBio no litoral centro-sul de Santa Catarina. “A presença em outras regiões do Estado pode ocorrer, e tem sido cada vez mais frequente em função do crescimento e recuperação populacional da espécie no Brasil”, comentou Morgana.

Ação conjunta

Participaram desta ação a Associação R3 Animal, o Projeto Baleia Franca, a Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC/CERES, Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski da Unesc e a APA da Baleia Franca/ICMBio, instituições integrantes da Redes de Encalhes de Mamíferos Aquáticos do Brasil (REMAB), criada pelo ICMBio em 2011 para melhorar o monitoramento e atendimento a encalhes e capturas de mamíferos aquáticos. As equipes contaram com o apoio da Secretaria de Pesca, Agricultura e Meio Ambiente e Secretaria de Obras da Prefeitura de Balneário Rincão para a retirada do animal do local inicial, devido à previsão de forte ressaca, e posterior destinação adequada para a necropsia e sepultamento.









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